QUEM NÃO DENUNCIA, TAMBÉM VIOLENTA!

  • No Brasil, dados apontam que 500 mil crianças e adolescentes são vítimas da exploração sexual todos os anos

    Assunto: Administração  |   Publicado em: 18/05/2020 às 13:44   |   Imprimir

Dezoito de Maio de 1973. Araceli, uma menina capixaba de 8 anos, ausentou-se da escola mais cedo para levar uma encomenda para sua mãe. A última vez que foi vista, brincava com um gato na frente de um bar.

Araceli foi raptada, violentada, violada sexualmente sob efeito radical de drogas. A menina foi morta, teve seu corpo desfigurado pela ação de ácidos e carbonizada. Sofreu todos os tipos de violência e foi encontrada seis dias depois em avançado estado de decomposição, em um matagal do município.

A perícia localizou, mesmo com dificuldades, marcas no corpo da menina que apontavam a culpa de Dante Michelini de Barros e sua família, majoritariamente composta por homens, conhecidos pelas festas dadas em seu apartamento, em que recebiam vítimas da mesma faixa etária que Araceli, exploradas sexualmente. A sentença foi dada e o juiz responsável pelo caso, Dr. Hilton Silly, decretou o cumprimento de 18 anos de reclusão e o pagamento de 18 mil cruzeiros, por ter sido provada a materialidade e a autoria do crime.

Os acusados recorreram da decisão e o caso voltou a ser investigado. O Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJ-ES) anulou a sentença e o processo passou para o juiz Paulo Copolilo, que levou cinco anos para analisar o processo.

O resultado destes cinco anos de estudo? Uma sentença de mais de 700 páginas que absolvia os acusados por falta de provas. Porque, na avaliação daquele Juiz, uma menina de oito anos que trazia todas as marcas de violência sexual e física, com traços de crueldade, tendo sido vista próxima ao apartamento daquela influente família capixaba, cujas digitais não se eximiram de acusações, não era prova suficiente para concluir o caso. Informações do site: chegadetrabalhoinfantil.org.br.

 

Hoje completamos 47 anos sem Araceli. Décadas de impunidade e revolta. Anos e anos de luta, celebrada e lembrada durante o Dia Nacional do Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, em memória da pequena.

 

EM ÍNDICES ABSURDOS que nos apontam milhares de meninos e meninas sofrendo com a violência sexual diariamente no Brasil, faz-se necessário relembrar a importância da PARTICIPAÇÃO DE TODA A SOCIEDADE.

 

Art. 227 da Constituição Federal NOS RESPONSABILIZA para o olhar atento, o cuidado e, principalmente, a denúncia contra todo tipo de ameaça aos direitos elementares do público infantojuvenil.

 

DENUNCIE!

 

DISQUE 100

BRIGADA MILITAR – 190

CONSELHO TUTELAR DE NOVA CANDELÁRIA – (55) 99964-8215

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